Estudo Sage: IA está a revolucionar o setor da Contabilidade

A Sage revela cinco previsões, com base no seu estudo em parceria com a Forrester Consulting, sobre a forma como a Inteligência Artificial (IA) irá revolucionar o sector da contabilidade até 2030.

 

Este novo estudo, que conta com a participação de 2339 líderes financeiros de pequenas e médias empresas, incluindo de Portugal, tem como foco revelar de que forma a IA poderá mudar a função financeira das PME, nomeadamente ao: desbloquear insights em tempo real, fazer uma melhor gestão de riscos e aumentar a capacidade de tomar decisões estratégicas.

“Durante séculos, a indústria da contabilidade dependeu de processos que fornecem uma visão momentânea da saúde financeira. A IA está a dar início a uma nova era de contabilidade contínua, garantia contínua e insights contínuos”, afirma Aaron Harris, Chief Technology Officer da Sage. “Esta mudança irá capacitar as empresas com uma eficiência operacional incomparável, melhor conformidade, gestão de risco robusta e previsão financeira mais precisa.”

Cinco previsões para o futuro da contabilidade, potenciada por IA

1. Uma liderança ética em IA será uma prioridade. Com 80% das PME a terem adotado uma política robusta de ética de IA, em 2030, a IA ética será imprescindível. No entanto, as empresas não se limitarão a implementar políticas de IA ética – tornar-se-ão a principal força na garantia da ética na IA. Em Portugal, a utilização ética da IA também é uma prioridade, com 75% das empresas a realizar formação ética regular e 73% a estabelecer políticas formais de ética de IA.

2. Haverá uma revisão total da gestão de riscos. Globalmente, mais de 90% das PME utilizam a IA para monitorização contínua e deteção de anomalias, reduzindo erros financeiros e fraudes em mais de 95%. Isto representará uma reinvenção na gestão de riscos. Portugal tem um forte desempenho na gestão do risco, com 61% das PME a integrarem totalmente ferramentas de IA para a deteção de anomalias. Esta postura proactiva minimiza os riscos financeiros e melhora a conformidade, reforçando a posição de Portugal como líder emergente em práticas financeiras orientadas para a IA.

3. O fim do fecho mensal. Os dados em tempo real substituirão o tradicional fecho mensal, com 75% das PME a fazerem a transição para práticas contabilísticas dinâmicas e contínuas. A transição depende do sucesso da garantia contínua (continuous assurance). À medida que a IA revoluciona a gestão do risco, a reconciliação em tempo real e outras capacidades de garantia tornar-se-ão possíveis. As PME portuguesas estão particularmente otimistas quanto ao impacto da IA na preparação de contas e no fecho mensal, com mais de 47% a esperar melhorias de eficiência superiores a 30%. Isto reflete uma ênfase na IA como uma ferramenta transformadora para melhorar a eficácia operacional e reduzir os tempos de ciclo.

4. Os dados em tempo real impulsionarão as decisões financeiras. Mais de 70% das PME integrarão dados em tempo real nas decisões financeiras, capacitando-as para impulsionar o crescimento e a inovação, ajudando-as a prosperar no cenário competitivo de 2030. Portugal está a dar passos significativos na integração da IA, particularmente na tomada de decisões estratégicas. Com 42% das PME a afirmarem que a IA melhorou significativamente a sua previsão e planeamento, Portugal está a tirar partido da IA para impulsionar o crescimento do negócio e otimizar o desempenho financeiro.

5. Aumento da criação de novas funções e oportunidades para os contabilistas. A IA irá automatizar as tarefas de rotina, libertando os contabilistas para se concentrarem no pensamento estratégico e fornecerem insights empresariais valiosos. Esta transição criará oportunidades para os contabilistas tirarem partido dos seus conhecimentos de novas formas, impulsionando a estratégia e a inovação empresariais. Por outro lado, um dos principais obstáculos à introdução de IA é a falta de programas de educação sobre IA entre as PME. Em Portugal, 35% das empresas portuguesas ainda não implementaram programas de formação abrangentes e o reforço destes esforços será fundamental para garantir que todos os colaboradores estão equipados para utilizar a IA de forma eficaz.

A visão da Sage para o futuro da contabilidade até 2030

“Embora a IA acabe por ser utilizada para monitorizar todas as atividades empresariais e descobrir oportunidades e riscos em tempo real, continuará a desempenhar um papel de apoio na indústria, com os resultados e as decisões a serem sempre tomadas por um ser humano,” acrescenta Aaron Harris.

“Existe um otimismo geral em torno do potencial que a IA apresenta em termos de melhoria de tarefas contabilísticas complexas; e esse potencial está a tornar-se mais evidente com a experiência prática. Também é positivo ver que as organizações estão a planear uma abordagem estratégica e colaborativa para gerir os desafios éticos, o que revela algumas das caraterísticas da profissão. Existe uma oportunidade real de subir de nível com base na garantia dos padrões éticos, do julgamento profissional e da perspicácia humana que fazem dos profissionais de contabilidade e finanças fontes fiáveis de dados e de perspicácia. Ao adotar as tecnologias de IA de forma ponderada e estratégica, a profissão de contabilista pode melhorar as aptidões, proporcionar maior valor aos clientes e desempenhar um papel ainda mais crucial na orientação da tomada de decisões empresariais”, explica Alistair Brisbourne, Head of Technology Research, Policy & Insights na ACCA.

A visão da Sage para o futuro da contabilidade realça a importância da integração ética da IA e da criação de confiança em soluções potenciadas pela IA, como o Sage Copilot. A Sage está empenhada em trabalhar com as pequenas empresas para navegar neste período de transformação e aproveitar todo o potencial da IA para impulsionar o sucesso.