Estudo Sage: O novo papel dos revendedores de tecnologia

Mais de metade (55%) dos revendedores de TI tem agora como prioridade o aconselhamento estratégico e não as vendas, conclui um estudo da Sage que inquiriu as empresas de Canal de oito países, entre os quais Portugal.

 

Um novo estudo da Sage revela uma mudança significativa nas empresas de Canal de TI, que ao invés da abordagem das vendas tradicionais de “comprar e instalar”, adotam agora uma posição de consultoria estratégica para as PME, abrindo caminho para uma maior agilidade digital. O estudo, intitulado “A procura de serviços de consultoria digital por parte das pequenas e médias empresas alimenta o crescimento do canal de TI”, consultou 2.800 revendedores de tecnologia em oito países. Destes, mais da metade (55%) estão agora a atuar como consultores, focados em melhorar a capacidade das PME se adaptarem às rápidas mudanças de mercado e às exigências tecnológicas crescentes, tais como inteligência artificial (IA).

“Estes resultados marcam uma mudança significativa para a indústria de canal. A mudança para soluções mais personalizadas e a construção de uma relação mais forte com os clientes está a revolucionar o nosso apoio às PMEs,” afirmou a propósito Sippora Veen, VP Global Partner Marketing, Sage. “Com a adoção de tecnologias avançadas como a IA e o compromisso com o desenvolvimento de competências, estamos melhor posicionados para ajudar as PME a enfrentar os desafios e a prosperar na era digital. Esta colaboração é essencial para promover a inovação e o crescimento mútuo”.

Consultoria às PME: acompanhar a tecnologia é o maior desafio 

Em Portugal, o estudo revelou um potencial significativo para IA, apesar de alguma resistência à consultoria, sublinhando a necessidade de mais formação e apoio em agilidade digital. Cerca de metade (53%) dos revendedores de TI em Portugal afirmam que acompanhar a tecnologia foi o seu maior desafio na prestação de serviços de consultoria. Entre os desafios mais comuns ao implementar IA para clientes PME, destacam-se a compreensão limitada da tecnologia (55%) e restrições de orçamento e recursos (44%).

“Hoje, os revendedores de software empresarial desempenham um papel crucial que vai além da mera venda de licenças,” comentou Hugo Oliveira, Partners & Ecosystem Director Sage Iberia. “Transformaram-se, ou precisam de se transformar os que ainda não fizeram, em consultores estratégicos que oferecem soluções personalizadas, suporte contínuo e formação especializada para maximizar o valor dos investimentos em tecnologia das empresas. Além disso, atuam como intermediários essenciais entre os editores de software e o utilizador final, ajudando a adaptar as soluções às necessidades específicas de cada negócio e garantindo uma implementação eficiente e uma integração harmoniosa com os sistemas existentes. Esse novo papel exige uma profunda compreensão das tecnologias emergentes, bem como das dinâmicas de mercado e dos desafios enfrentados pelas empresas modernas. Com o surgimento das soluções cloud native, onde a standardização domina, os revendedores terão de acrescentar este valor adicional aos seus clientes caso contrário correm o risco de se tornarem irrelevantes.”

Globalmente, este novo cenário não só está a aumentar a agilidade digital entre as PME, como abre as portas a oportunidades significativas de crescimento. Isto reflete-se nos resultados do estudo: 73% dos revendedores de tecnologia de IT acreditam que as PME veem o investimento em agilidade digital como máxima prioridade, acreditando que esta irá gerar crescimento de negócio (29%), aumentar a competitividade (24%) e melhorar a eficiência (23%).