Estudo Sage: PME portuguesas confiantes num futuro promissor

Neste vídeo, Ana Ribeiro, Country Sales Director da Sage, partilha as principais conclusões do estudo “Small Business, Big Opportunity”, juntamente com Rui Martins D´Almeida, Founding Executive Director da Sevways, que expõe as suas reflexões enquanto PME.

 

 

As pequenas e médias empresas (PME) têm vindo a superar vários desafios como o declínio económico, o aumento dos custos, as perturbações na cadeia de abastecimento e, ainda, as mudanças nos mercados de trabalho. Os custos mais elevados que resultaram do aumento do preço dos serviços públicos, dos salários e das matérias-primas estão a colocar em causa a viabilidade de uma em cada cinco PME.

No entanto, apesar destes obstáculos, surgiu uma tendência notável de aumento da positividade entre as PME, comprovada pelo recente estudo global realizado pela Sage, “Small Business, Big Opportunity”. Este estudo revela que 84% dos decisores das PME a nível mundial expressaram uma grande confiança no sucesso das suas empresas, o que representa um aumento significativo comparativamente aos 69% registados há apenas um ano. Por exemplo, em Portugal, 55% das PME atingiram os seus objetivos de receita em 2022 e 41% esperam aumentar as suas receitas entre os 10 e os 40% nos próximos 10 anos.

De facto, as PME de todo o mundo optam por ver os obstáculos recentes como transitórios e estão otimistas quanto ao futuro. De onde vem esta confiança? Em primeiro lugar, devido aos investimentos estratégicos efetuados em tecnologia e equipamentos de última geração e em melhores talentos humanos, o que, por sua vez, abriu caminho à simplificação das operações, poupança de tempo e de custos. Outro fator de confiança está no otimismo partilhado pelas PME globais relativamente às perspectivas de crescimento para o próximo ano, graças à busca incessante de redução de custos, à capacidade de atrair talentos excecionais e ao empenho em melhorar a produtividade e resistir ao aumento das despesas.

 

A adoção de tecnologia aumenta a produtividade

É evidente que o valor da tecnologia está a ser amplamente reconhecido para promover o crescimento, aumentar a eficiência e desbloquear o potencial inexplorado. O investimento em equipamento ou tecnologia surgiu como a adaptação mais eficaz para aumentar a confiança, permitindo que mais PMEs poupem tempo e aumentem a produtividade. Além disso, os líderes  estão a reconhecer cada vez mais o valor da tecnologia, com 43% a demonstrar a sua intenção em aumentar o investimento em tecnologia no próximo ano. No caso das PME portuguesas, as mesmas preveem a implementação de tecnologias emergentes como o 5G (29%), a Inteligência Artificial (19%) e o metaverso (18%).

É encorajador ver este apoio à tecnologia em todos os setores. Em 2023, as PME já beneficiam dos processos automatizados e do conhecimento atualizado sobre as suas operações comerciais. A tecnologia emergente gera novas oportunidades. Ao utilizar a Inteligência Artificial (IA) para automatizar processos, aumentar a visibilidade dos dados e expandir a conectividade, as pessoas estão a alterar a sua forma de trabalhar, não só nos empregos, como também num ecossistema mais vasto de clientes, fornecedores, funcionários e governos. Por sua vez, estão a criar uma nova era de negócios mais intuitivos. Chamamos este futuro de Digital Network, sendo que o estudo revela que as PME já estão a apoiar esta visão.

 

Preparar o caminho para um crescimento sustentado

Olhando para o futuro, as PME em Portugal devem continuar a adotar a tecnologia como a base das suas operações. Os rápidos avanços na IA, na digitalização e nas ferramentas online oferecem oportunidades ilimitadas de crescimento e maior eficiência. Ao aproveitar o poder transformador da tecnologia, ao promover uma cultura de colaboração, ao cultivar grandes talentos e investir em programas de desenvolvimento de competências, as PME locais posicionam-se para um crescimento sustentável, onde podem enfrentar com confiança as futuras perturbações e, por último, desempenhar um papel fundamental na condução da recuperação económica global.

As conclusões do estudo sublinham a necessidade de um apelo coletivo. O setor privado deve apoiar as PME, fornecendo um apoio firme à adoção de tecnologia e promovendo a colaboração entre os vários intervenientes. Por outro lado, os governos devem introduzir e aplicar políticas específicas, oferecer incentivos e afetar fundos para encorajar novos avanços na tecnologia. Ao unir forças, podemos criar um ambiente que, não só promova e apoie o crescimento e o sucesso das PME, como também impulsione a recuperação económica para um futuro positivo.