Clubhouse: a rede social 100% audio

O Clubhouse é a rede social do momento, para a qual apenas necessitamos de um par de auscultadores e… de um convite por parte de alguém que já seja membro. De momento, ainda só existe a opção de fazer o download através do iOS, da Apple.

A rede social exclusiva, sobre a qual todos “falam”, foi criada em março de 2020 por Paul Davidson e Rohan Seth, dois empresários do Vale do Silício, com um objetivo claro: fazer as pessoas conversarem umas com as outras. A sua ascensão ao estrelato foi graças a uma dessas conversas, entre o magnata Elon Musk (fundador da Tesla Motors, SpaceX, etc) e o gestor Vlad Tenev (CEO da Robinhood, uma empresa de serviços financeiros) na qual eles discutiram temas tão variados como os bitcoins, as últimas inovações da Tesla, as vacinas contra Covid-19, a existência (ou não) de alienígenas ou como viajar até Marte nos próximos cinco anos e meio.

 

Como funciona o Clubhouse?

A rede está dividida em salas (rooms) e cada qual dedicada a um tema diferente, principalmente política, moda, beleza, tecnologia e economia. Ao entrar numa dessas “habitações”, o utilizador pode escolher se quer participar na conversa, ou se quer ser apenas um ouvinte. Em regra, só um determinado número de pessoas está autorizado a falar, mas podemos sempre levantar a mão e pedir ao moderador que nos dê a palavra.

Cada sala pode hospedar no máximo 5.000 utilizadores em simultâneo. O aplicativo não permite discursos de ódio, racismo ou outros tipos de intolerâncias. Existem administradores de sistema que podem bloquear, silenciar utilizadores e até mesmo fechar salas inteiras.

No Clubhouse, também podemos criar uma sala dedicada ao tema que desejarmos. O seu funcionamento não é afinal muito diferente de outras redes sociais, ou seja, podemos seguir pessoas, saber quem nos segue, receber notificações quando as conversas se iniciam, etc. A rede também inclui vários ícones: a lupa serve para procurar utilizadores ou conversas; o envelope indica os convites que recebemos e a lista dos nossos contactos, enquanto a campainha informa sobre a atividade das pessoas que estamos a seguir.

Os utilizadores podem ser agrupados por clubes com gostos comuns, expandindo assim a troca de informações, ou de contactos, em torno de um tema específico.

Uma das características que mais se destacam no Clubhouse é o bom ambiente que reina entre os seus membros. Não existe a opção de fazer “like” a uma palestra ou sala, trata-se apenas de seguir humildemente pessoas que falam sobre assuntos que nos interessam. E, talvez mais importante: tudo acontece em tempo real. As conversas não são gravadas no aplicativo, portanto, não estão disponíveis para serem reproduzidas posteriormente.

 

Acessível só por convite

Por enquanto, só podemos aderir ao Club House se recebermos um convite por parte de alguém que já é membro. O aplicativo faz questão de passar essa ideia de exclusividade: “Inscreva-se aqui para ver se tem algum amigo no Clubhouse que o possa deixar entrar. Mal podemos esperar por si!”. O descritivo da aplicação na App Store diz que o objetivo desta rede é adicionar pessoas ao Clubhouse o mais rápido possível, mas, por enquanto, a única coisa que podemos fazer é entrar na lista de espera e esperar pacientemente por um convite. 

E essa espera pode ser longa, dado que um novo utilizador do Clubhouse, recebe apenas dois convites, podendo decidir livremente a quem vai entregá-los. A cada vez que um utilizador entre na app, participe nas discussões e crie salas, vai acumulando experiência e antiguidade e isso traduz-se em mais convites disponíveis para oferecer.

Como registar-se no Clubhouse?

Para criar uma conta no Clubhouse pode simplesmente importar os dados do Twitter ou preencher o formulário com o seu e-mail, nome completo, telefone e nome de utilizador. A rede pede permissão para aceder à sua lista de contactos para saber quais deles já são membros. 

Além de ser uma rede só para convidados, o Clubhouse, para já, também é só para “iphones only”. Os promotores dizem que em breve essa restrição irá terminar, mas ninguém arrisca uma data certa.  O certo é que até lá a app mantém-se firme no top 10 de downloads da Apple Store.