Reativar com confiança
O estudo Sage “Impacto & Previsões de Recuperação das PME em período de pandemia”, que contou com a participação de 1.778 empresas, concluiu que o período de confinamento provocou um forte abalo na atividade económica das PME. 47% das inquiridas afirma ter perdido neste período mais de 50% do seu volume habitual de receitas.
Escutar o mercado, e em particular os nossos clientes, é uma prática regular na Sage e um ativo essencial para a criação, desenvolvimento, adequação e melhoria de soluções, serviços e processos.
Sendo certo que estes programas de Voz de Cliente têm sido um fator chave para certificar que o que entregamos ao mercado faz a diferença no sucesso e no crescimento das empresas, agora, que vivemos um dos tempos mais desafiantes da nossa história recente, esta prática torna-se ainda mais relevante.
Mais do que nunca, a nossa prioridade é estar ao lado das empresas e dos empresários portugueses e poder contribuir com soluções e medidas que verdadeiramente os ajudem a dar continuidade ao sucesso dos seus negócios, mesmo nas condições mais adversas.
Um novo começo
Sabemos que o início progressivo da reabertura da atividade económica tem representado, para muitas empresas portuguesas, novos desafios e algumas incertezas.
Sendo conscientes da situação, mas desconhecendo a real abrangência do impacto desta pandemia na atividade das PME, propusemo-nos a realização de um estudo de mercado próprio, para recolher com precisão a visão dos empresários portugueses, conhecer as suas perspetivas em relação à recuperação dos seus negócios e compreender o que está a significar para eles a adaptação a esta nova normalidade.
O estudo (faça o download aqui) foi levado a cabo, através de meios eletrónicos, em meados do mês de maio, contando com a participação de 1.778 empresas.
Os impactos da pandemia
Os resultados mostraram que a pandemia e, em especial, o período de confinamento provocou um forte abalo na atividade económica das PME. 47% das empresas inquiridas afirma ter perdido neste período mais de 50% do seu volume habitual de receitas.
Por outro lado, 17% do tecido empresarial diz não ter sido afetado pela situação e 5% das PME assegura que as suas receitas têm aumentado nesta fase.
82% das empresas inquiridas continua em funcionamento
No que respeita ao regular funcionamento das empresas, os dados revelaram-se mais positivos. A maioria das empresas inquiridas (82%) afirmou continuar em funcionamento, se bem que, destas, mais de metade indica que a sua atividade está a desenvolver-se de forma parcial.
Apenas 1% das PME que respondeu ao estudo viu-se obrigada a encerrar definitivamente.
Medidas para enfrentar a crise
Em relação à manutenção de postos de trabalho, o lay-off e o teletrabalho foram as medidas maioritariamente adotadas pelas empresas.
34% das PME diz ter optado pelo lay-off como medida principal de proteção de emprego. Os setores com maior queda de receitas foram os que mais recorreram a esta medida: Turismo, Alojamento e Restauração.
1 em cada 4 PME afirma ter optado pelo teletrabalho (total ou parcial) dos seus colaboradores.
Apenas 5% das PME inquiridas viram-se obrigadas a reduzir pessoal, por via do despedimento.
Enquanto à adoção de medidas económico-financeiras, com exceção das áreas do Turismo e dos Transportes, as restantes PME portuguesas afirmam, na sua maioria, não ter recorrido a nenhuma medida neste âmbito.
44% das empresas do sector de Turismo revela ter solicitado acesso às linhas de crédito disponibilizadas pelo Governo.
1 em cada 5 PME afirma ter optado por pedir moratória para o pagamento de créditos existentes e, 1 em cada 4, recorreu ao fracionamento dos pagamentos fiscais ou contributivos.
No que diz respeito a outro tipo de medidas ou investimentos, praticamente metade dos negócios teve necessidade de investir na adequação dos seus locais às novas regras sanitárias e à compra de equipamentos de proteção individual.
A tecnologia revelou, também, ser uma área de investimento para algumas PME, essencialmente, pela proliferação das ferramentas de trabalho remoto ou pela necessidade de integrar soluções de comércio eletrónico ou aplicações de software certificado e serviços na cloud.
Um olhar ao futuro
Quer para as PME que tinham já iniciado o processo de retoma da sua atividade, quer para aquelas que estavam prestes a iniciar a sua reabertura, as previsões de recuperação ainda são, para a maioria, incertas.
Contudo, os resultados mostram que, em relação ao futuro, muitas das PME estão confiantes na sua recuperação e empenhadas em reerguer os seus negócios. 28% diz que prevê recuperar o seu volume habitual de receitas, até ao final deste ano 2020.
Ao lado das PME
A primeira medida aplicada na Sage, no momento em que foi anunciado o início do estado de emergência, foi garantir as condições necessárias para que 100% dos seus colaboradores, pudesse trabalhar remotamente e, desta forma, continuar a assegurar a prestação total dos serviços e suporte necessários aos nossos clientes e parceiros.
A prioridade de todas as equipas foi manter-se ao lado dos nossos clientes, desenvolvendo planos de ação para os apoiar. Foram disponibilizadas linhas de apoio, ferramentas, sessões de formação, entre outras iniciativas, para tentar minimizar o impacto nos negócios dos nossos clientes e auxiliar nas decisões necessárias para cuidar das suas equipas.
As conclusões obtidas através deste estudo deram a conhecer, de forma alargada e precisa, o verdadeiro impacto da pandemia nos diferentes setores de atividade e as perspetivas de recuperação. Isto permitiu-nos desenhar novos planos de ajuda para clientes e parceiros, assim como desenvolver em conjunto – Sage, Parceiros e Clientes – soluções que vão de encontro ao que, neste momento, as PME precisam.
Estamos juntos na reativação dos negócios!
Queremos partilhar com as PME, e com a sociedade em geral, os resultados deste estudo, pois consideramos que aporta informação valiosa para o mercado e evidencia as principais dificuldades e necessidades de cada setor nesta fase de recuperação.
O nosso compromisso continua a ser o de apoiar o crescimento das empresas portuguesas, através de soluções tecnológicas, serviços especializados e formação, para que possam ser cada vez mais competitivas!
Mercedes Aguinaga
Director of Customer Experience Portugal
Artigo publicado originalmente em Blog Sage Advice