Partner Sessions: Sage reforça foco no Canal para manter a liderança no mercado português
Sob o lema “Thrive On”, o palco da Sage Partner Sessions 2019 foi o lugar onde a empresa e os seus Parceiros apresentaram projetos, ideias, perspetivas para o futuro. “A ambição está no nosso ADN”, referiu Josep Maria Raventós, Country Manager da Sage Portugal.
Com um negócio 81% indireto, a Sage lembra que em breve o Canal não existirá tal como o conhecemos hoje
“Nenhuma empresa pode afirmar que cresceu se não cresceu o seu número de clientes”, disse, de forma assertiva, Josep Maria Raventós, Country Manager da Sage Portugal, para os mais de 500 participantes do Sage Partner Sessions 2019.
Em 2021 “30% do Canal não existirá como o conhecemos hoje”, referiu, citando um estudo da IDC. “Já não vai ser uma distribuição de produtos, o Canal vai ter de acrescentar valor”, explica, e, por isso, “organizar um ecossistema de ISVs para adicionar valor às nossas soluções” é uma das novidades que a Sage propõe.
No ano fiscal de 2019, a Sage conseguiu mais 7.616 clientes, 68% dos quais conquistados através do Canal. Só em 2019, foram 15.293 migrações para as novas soluções Cloud Connected. A taxa de renovação dos serviços Sage é de 96% e, dos cerca de 900 Parceiros, 140 foram conquistados nos últimos dois anos e meio.
Ainda desses 900, há 150 que crescem mais do que 20% por ano. As prioridades para 2020 são, assim, simples, segundo Josep Maria Raventós: crescer no modelo de subscrição, crescer em novos clientes, renovar o talento, inovar, consolidar o Programa de Parceiros (SPP), e apostar no Sage Partners Club.
Em entrevista à margem do encontro, Raventós lembrou que o grande objetivo da Sage “é ser a maior empresa de SaaS do mundo”, apoiando-se na evolução progressiva para o modelo de subscrição e “pay per use”.
A resistência a estes mecanismos sente-se mais nas empresas mais pequenas, diz o Country Manager, e a sua adoção é naturalmente “mais fácil para os millennials”.
Assinalando que “os Parceiros do futuro” terão que “acrescentar valor”, e pedindo que os Parceiros Sage “sejam exigentes” com a empresa, o Country Manager sublinhou que a ambição “está no ADN” da Sage.
Sobre a transição de um modelo tradicional on-premises para a cloud, e segundo a filosofia da Sage, “ir para a cloud é um caminho sem retorno”, e o caminho certo.
Raventós compreende que “ter os dados na cloud dá pânico às pessoas”, mas não duvida da superioridade, em termos de segurança, que esta solução oferece – “tudo são vantagens, o único inconveniente é a preocupação” em relação aos riscos de privacidade, riscos esses que se associam naturalmente à solução menos conservadora, a cloud, mas que não são necessariamente verdade.
“A mudança não acontece de um dia para o outro, é uma transição”, refere, e há “produtos on-premises que se vão conectar com produtos na cloud”.
Crescer ao lado (e através) do Canal
O crescimento do negócio em Portugal em 2018 foi de cerca de 17%, e para esse número muito contribuem os segmentos SSB e SMB, “onde realmente estamos a crescer”, diz. “O segmento de valor – o X3 – é muito importante, mas é para médias e grandes empresas”, clarifica Raventós.
De forma a servir de ‘barómetro’ à prestação dos diferentes setores e perfis de Parceiros, a Sage criou o Partners Club, que terá “Parceiros de referência em determinados setores”, ou “uma amostra de todos os perfis de Parceiros” que atuam no mercado.
O Sage Partner Program (SPP) está, por seu lado, desenhado para permitir a migração do Parceiro do modelo tradicional para o SaaS/Cloud e, se quando o modelo de subscrição apareceu pela primeira vez deixou as pessoas “angustiadas”, hoje há uma perceção clara de que é “uma melhor solução de tesouraria”, e “muito mais estável” do que outras.
Pela primeira vez no Sage Partner Sessions, a Widepartner (antes Sistemas Ideias), Sage Platinum Reseller, é “Parceira da Sage desde o primeiro dia”, esclarece Abílio Veiga, Manager da empresa. “Marcar presença de uma forma forte” e “ter exposição”foram os principais objetivos conseguidos com a presença física no evento da Sage, onde dizem ter tido “muitas solicitações”.
No encontro, o Parceiro mostrou, no seu espaço, uma amostra das “experiências de implementação” e algumas demonstrações.
Para o futuro, Abílio Veiga diz que o foco “continua no chão de fábrica”, sendo que os “produtos-estrela” da Widepartner serão sempre as soluções da Sage.
Com uma estratégia de expansão definida dentro do seu próprio ecossistema, e a chegada a Moçambique a já ter sido conseguida em 2019, o futuro reserva à Widepartner a vontade de continuar a “intensificar a presença nos mercados onde a Sage está presente” e endereçar negócios com implementação em mais do que um país, sendo que “a ideia é que possamos ser Parceiros de Parceiros internacionais” da Sage.
Artigo publicado originalmente em IT Channel