Os cinco passos do Design Thinking

O Design Thinking ganhou espaço nos últimos anos como uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento da inovação e para o crescimento de sua empresa. Saiba em que consiste o conceito e como o aplicar, segundo as lições de Tim Brown, presidente da IDEO.

Gerir os negócios através de uma abordagem humana é a ideia-chave do Design Thinking, que se define como uma ferramenta de inovação voltada para as pessoas. Os especialistas dizem que os profissionais da gestão deveriam pensar como os designers, que partem da observação da experiência humana de interação com um serviço ou um produto, antes de recomendar soluções para o desenvolver ou melhorar. Dito por outras palavras, um gestor, tal como um designer, deve observar os desafios, identificar as necessidades e, finalmente, atender às necessidades dos clientes, desenvolvendo uma solução tecnologicamente e comercialmente viável. O produto ou serviço final é o resultado desse processo e não ao contrário. De outra forma, apenas conseguiremos desenvolver versões melhoradas do que já oferecemos atualmente ao mercado e não ideias realmente disruptivas e inovadoras.

O termo Design Thinking foi popularizado por Tim Brown, presidente e atual CEO da IDEO, uma empresa californiana de Palo Alto (altamente conectada com a Universidade de Stanford) que é considerada um case-study mundial de creatividade e inovação. Nos últimos anos o conceito tornou-se uma das ferramentas de gestão mais populares em todo o mundo, tida como para o design e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. Segundo Tim Brown, o processo de design thinking pode ser resumido em 5 etapas:

  1. Criar empatia

O primeiro passo em qualquer processo de design de produto ou serviço é conhecer e ter empatia com o seu utilizador. Tudo começa com a abordagem humana, com a visão da pessoa e não do cliente. Isso implica sermos capazes de nos colocar no lugar da pessoa e de ver como cada uma delas se comporta, no seu contexto de interação com o produto ou serviço. Implica analisar os seus objetivos e motivações, as necessidades que devemos satisfazer e os problemas e desafios a ultrapassar para melhorar a experiência de utilização.

  1. Definir o problema

Sem uma definição clara do problema, nunca podemos encontrar a solução. Esta etapa consiste apenas em identificar claramente o problema a resolver através da criatividade.

  1. Idealizar a solução

Para o Design Thinking, todas as ideias são válidas. Uma vez que já conhecemos os clientes e sabemos exatamente que necessidades devemos satisfazer e que problemas ultrapassar, o próximo passo é criar soluções. É um processo não-linear de desenvolvimento de soluções (tentativa e erro) que vão convergindo até finalmente se chegar à melhor solução.

  1. Montar um protótipo

Implica transformar uma única ideia (não várias) em realidade. Execute essa visão, vendo e tocando um protótipo. Partilhar sensorialmente (não em ecrã) a solução que criamos é a forma mais fácil e compreensível por todos para concluir se atingimos o nosso propósito.

  1. Avaliar e testar

Nesta fase, vamos sobretudo medir. Testar o protótipo na prática, permite-nos ver se o utilizador o experimenta e sente como uma solução melhor do que outras semelhantes. Se não estamos seguros, há que começar de novo. O processo permite reformular e aprender rapidamente até que o design do produto ou serviço supere as expectativas do mercado.

 

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