Marketing digital: as tendências em 2022 e como aplicá-las ao seu negócio

É cada vez mais nas redes sociais e nas diferentes plataformas digitais que se travam as guerras comerciais entre marcas, que se lançam campanhas e se conquistam Clientes. Mas que tendências estão já em marcha?

Falar de marketing sem falar em marketing digital é hoje muito difícil, consequência da crescente digitalização da economia que não deixa quase nenhum setor de atividade de fora. É cada vez mais nas redes sociais e nas diferentes plataformas digitais que se travam as guerras comerciais entre marcas, que se lançam campanhas e se conquistam Clientes. São os influencers, de maior ou menor dimensão, quem tem progressivamente mais peso nas escolhas dos consumidores, por oposição, por exemplo, aos ‘apelos’ de consumo de celebridades em campanhas de publicidade tradicionais.

É possível dizer com alguma segurança que surgirão inovações no marketing digital até ao final do ano que, à data de hoje, estamos ainda longe de imaginar. A revolução nesta área está a acontecer agora mesmo, oferecendo um leque considerável de novas possibilidades para os profissionais do marketing na promoção das marcas e disseminação nos mercados-alvo. Mas que tendências estão já em marcha?

 

Personalização

É cada vez mais por aqui que as marcas terão de caminhar para angariar e fidelizar clientes: a personalização na abordagem e relação com o cliente permite que estes se sintam melhor compreendidos quanto às suas necessidades. As estratégias de personalização, aliadas a ferramentas adequadas de marketing digital, permitem uma experiência mais satisfatória e relações comerciais mais proveitosas.

 

Pesquisa por voz melhorada

A pesquisa por voz e o seu uso enquanto veículo de interação com a tecnologia tem dado passos importantes e os especialistas antecipam que continue a crescer este ano e nos outros que hão de vir. O recurso à voz é prático e bastante intuitivo e por isso tem conquistado utilizadores. No entanto, esbarra ainda em algumas limitações tecnológicas, que porventura já todos teremos experienciado. Face a este desafio, 2022 poderá, quem sabe, ser um ano importante na melhoria desta ferramenta, permitindo que esta ganhe maior relevo nos conteúdos digitais.

 

Realidade virtual e aumentada

Esta é uma das áreas onde os negócios e respetivos marketeers devem apostar e procurar oportunidades. Se antes da pandemia a realidade virtual e aumentada era já uma tendência, houve um crescimento exponencial com a pandemia. As marcas recorrem cada vez mais a experiências de realidade aumentada e virtual para os seus clientes, tornando o momento de consumo mais satisfatório e eficaz.

 

Segurança nos pagamentos digitais

Uma das áreas em que os efeitos da pandemia se fizeram sentir foi nas compras à distância. A necessidade de encomendar online aumentou a confiança dos consumidores na Internet e melhorou a oferta das marcas, o que resultou numa maior familiaridade das pessoas com os pagamentos digitais. Indivíduos que confiam mais nos pagamentos digitais são, em teoria, potenciais melhores clientes, à medida que a compra na Internet de bens ou serviços se vai tornando mais intuitiva, segura e natural. O impulso na compra surge mais facilmente e, por outro lado, já não há quase nada que não se admita contratualizar online. Seja comprar um carro, abrir uma conta bancária, marcar umas férias do outro lado do mundo ou encomendar o jantar no restaurante da esquina.

 

Valores compatíveis com os dos Clientes

Questões como a da sustentabilidade ou da inclusão são cada vez mais valorizadas pelos consumidores e por isso vão cada vez mais valorizar marcas e conteúdos que vão de encontro a essas preocupações. É, por isso, algo que o marketing digital deve ter em conta neste 20. Marcas comprometidas com o combate às alterações climáticas, que tenham uma atividade sustentável e que sejam ambientalmente conscientes merecerão mais a atenção dos clientes. Da mesma forma, empresas inclusivas são cada vez mais bem vistas pelos consumidores.

 

Menos dados disponíveis para uma maior privacidade

A pressão sobre as grandes potências tecnológicas para a proteção da privacidade dos clientes e restrição à utilização dos seus dados vai refletir-se na forma de operar e de fazer marketing. Há novos regulamentos relativos à privacidade a surgir, assim como limitações ao uso de cookies. Para os anunciantes digitais, surgirão importantes constrangimentos e o tipo de dados e respetiva utilização ficará mais limitado, nomeadamente para efeitos de marketing e inteligência artificial.

O marketing digital deixou há muito de ser território de nicho, sendo fundamental que as empresas e as marcas saibam comunicar com os Clientes e perceber as suas necessidades, desta feita à distância. Apesar de mais competitivo e veloz do que nunca, este é um mundo com muitas oportunidades e uma vantagem: no digital é possível testar, mudar e ajustar com muito maior facilidade e rapidez, acompanhando as mudanças que os Clientes ditarem.

 

Maria Ana Barroso
Psicóloga, jornalista especializada em temas económicos.

Artigo publicado originalmente em Blog Sage Advice