“O mercado português é um dos que demonstra melhor performance”

A cloud é a grande aposta da Sage, que pretende ser sinónimo de produtividade e automação dos processos empresariais. O CEO, Stephen Kelly, explica o atual posicionamento no mercado do fornecedor de software de gestão

Durante o ano de 2017 a Sage assumiu um compromisso definitivo com a cloud, revelando um novo portfólio de produtos “c” – Sage 50c e Sage 100c – desenhados para oferecer total conetividade às empresas e processos de negócio mais fluidos. No início deste ano, foi apresentado o Sage Business Cloud.

Aquando da sua passagem por Portugal, o CEO da Sage, Stephen Kelly, salientou que a nova plataforma permite “poupar até 200 dias por ano em tarefas administrativas”, facultando às empresas uma maior automação e um aumento de produtividade. Desenvolvida com o objetivo de responder às necessidades de crescimento das empresas, a nova plataforma foi pensada para ser a única plataforma cloud que os empresários necessitam para gerir os seus processos de negócio.  A Sage Business Cloud reúne, numa única localização, a oferta de soluções e produtos cloud da empresa, desde soluções de administração e gestão financeira a software específico para gestão empresarial. “A maioria das empresas em Portugal continuam a trabalhar com servidores e desktops, no entanto vemos que esta tendência está a alterar-se. Os nossos clientes estão a adotar a um bom ritmo o Sage Business Cloud”, afirmou o CEO.

 

Migração para a cloud é inevitável

Ainda que a cloud represente já uma fatia bastante significativa do negócio total da Sage – 300 mil dólares, com um crescimento de 83% em 2017 – o fabricante continua atento aos clientes que continuam a optar por trabalhar em ambientes on-premises, embora acredite que a migração para a cloud seja inevitável. “Já não questionamos se as empresas vão migrar para a cloud, mas sim quando o farão”, sublinhou o CEO.

O Sage 50c é um claro exemplo desta tendência de migração para a cloud: em apenas cinco meses após o lançamento, em maio de 2017, esta solução 100% cloud consolidou 1200 unidades vendidas em Portugal. Destas, 26% corresponderam a novos clientes. Quanto à questão da segurança, que continua a ser um dos principais travões à adoção da cloud nas empresas, Stephen Kelly afirma que “ter os processos de negócio e dados críticos na cloud é claramente mais seguro do que tê-los alojados no PC de um colaborador, que se conecta a diferentes redes, muitas vezes inseguras, e que pode comprometer todos os dados da empresa num só clique”.

 

Parceiros são motor de crescimento

Durante o ano passado a Sage levou a cabo uma estratégia de canal que passou pela reorganização do seu ecossistema de parceiros. Foi inclusivamente criada uma nova categoria, os contabilistas que, de acordo com o CEO, “são um importante ponto de ligação entre a Sage e os seus clientes”. A Sage pretende liderar em cada um dos segmentos de mercado onde atua e, para tal, está a apostar fortemente no seu ecossistema de parceiros que, de acordo com Stephen Kelly, são responsáveis por “80% do negócio da empresa”.

Com mais de mil parceiros no mercado português, a empresa quer oferecer ainda mais certificações e ações de formação ao canal, para manter a boa prestação do mercado português. “O mercado português é um dos que demonstra melhor performance nos resultados globais da Sage”, comenta Stephen Kelly. “No ano passado, o mercado português conseguiu crescer duas vezes mais do que outros onde atuamos”, realçou.

 

Cumprimento do RGPD é prioridade

A Sage realizou um inquérito junto dos seus clientes e concluiu que a maioria das PME portuguesas nunca ouviram falar da nova diretiva europeia sobre a proteção de dados. “A Sage tem a missão de comunicar aos seus clientes o que é o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e ajudá-los a estar em conformidade com as novas regras”, indicou o CEO. A prioridade da Sage é “ajudar as empresas a estarem protegidas e a protegerem os dados pessoais dos seus clientes”, refere.

A empresa pretende disponibilizar aos seus clientes não só tecnologia, mas principalmente formações e sessões de esclarecimento, com o intuito de dar a conhecer tudo o que necessitam para estar em conformidade. “O nosso papel não pode ser apenas o de fornecedor de tecnologia, queremos realmente garantir que as empresas estão em conformidade com o RGPD”, sublinhou Stephen Kelly. Embora as normativas europeias entrem em vigor já no próximo mês de maio, alertou, as empresas necessitarão ainda de “um longo período de adaptação” para conseguirem estar cem por cento de acordo com as regras. “Acreditamos que será o setor público o grande impulsionador do cumprimento do RGPD. A adaptação será lenta, mas à medida que as empresas comunicarem com os seus clientes, o cumprimento será cada vez mais transversal”, assegurou Stephen Kelly.

 

Entrevista publicada originalmente em IT Channel. Pode ler o artigo aqui.